Controlo da corrosão das armaduras
Genericamente, o processo corrosivo de um metal é um processo electroquímico que resulta da formação de uma "pilha de corrosão" entre uma zona, na superfície do metal, que se tornou anódica (onde ocorre a semi-reacção de oxidação com formação de iões do metal e libertação de electrões) e outra zona, também na superfície do metal, que se tornou catódica (onde ocorre uma semi‑reacção de redução que consome os electrões libertados na zona anódica). O processo é em tudo similar das vulgares pilhas produtoras de energia.
A protecção catódica é usada para controlar a reacção global da corrosão fazendo com que o metal que se comporte, na sua totalidade, como um cátodo transferindo para um segundo material (eléctrodo) a função anódica. O eléctrodo metálico a introduzir no sistema pode ser menos nobre que o ferro e nesse tem-se um sistema de:
Protecção Catódica por Ânodos Sacrificiais (PCAS)
em que o eléctrodo se sacrifica (oxida-se) para que a estrutura seja o cátodo (se preserve);
O ânodo pode também ser inerte no meio que a estrutura está implantada, funcionando simplesmente como eléctrodo auxiliar de uma célula electrolítica na qual faz-se passar uma corrente eléctrica contínua, com o auxílio de um gerador/rectificador de corrente, de forma a garantir que a estrutura a proteger seja catódica. Nesse caso está-se perante um sistema de:
Protecção Catódica por Corrente Imposta (PCCI)
Na figura 1 encontra-se uma representação esquemática de um sistema de PCCI de betão armado onde são visíveis:
- a fonte de corrente contínua, regulável (rectificador de corrente);
- o eléctrodo (ânodo) de material inerte e
- o eléctrodo de referência que permite controlar e monitorizar a prestação do PCCI.
PCCI
Num sistema de PPCI, o polo positivo do rectificador de corrente é ligado ao ânodo, instalado na camada de recobrimento da estrutura de betão armado, e o polo negativo à armadura. A corrente a debitar pelo rectificador será uma função da quantidade de armadura a proteger, do seu estado corrosivo e da resistividade do betão. A passagem de corrente deve fazer variar o potencial electroquímico da armadura de forma a conduzi-lo aos domínios em que a corrosão é desprezável.